No último mês, a ActionAid participou do “Seminário Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais”, no quilombo de Monte Alegre, no município de São Luís Gonzaga, Maranhão. Nele, reuniram-se indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu, pantaneiros, seringueiros, castanheiros, entre outros representantes de populações tradicionais, para discutir a importância da proteção da preservação de sua cultura e de seus modos de vida. Trabalhamos para fortalecer o direito dessas populações que somam aproximadamente cinco milhões de brasileiros, ocupando um quarto do território nacional, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Uma das principais líderes do movimento, a quebradeira de coco dona Maria de Jesus Bringelo, conhecida como Dona Dijé, afirma que proteger os povos tradicionais é proteger também formas de vidas sustentáveis em relação ao meio ambiente, em contraposição a expansão do agronegócio: Lutamos para conservar nossos modos de vida, com respeito às tradições, ao meio ambiente e ao bem viver. Representamos um modelo sustentável de vida, ameaçado, principalmente, pela expansão desenfreada do agronegócio, que é predatório, excludente, concentrador de terra, renda e poder. O Maranhão é o estado com o maior índice de conflitos rurais no país e esse número só cresce. No ano passado, 65 pessoas