Seca no Quênia: por que ajudar
Mais de 3 milhões de pessoas estão sofrendo com a seca no Quênia: são 23 municípios em regiões áridas e semiáridas em situação de emergência. A prioridade agora é salvar vidas e meios de subsistência.
Alimentos e água fora de alcance
Não há comida nos mercados e quando há, ela não é acessível. Um quilo de milho costumava custar 20 xelins quenianos, mas agora custa 50. O gado morreu e os animais estão doentes e fracos. As fontes de água começaram a secar, o que está criando ansiedade nas pessoas e impactando vidas, especialmente a vida das mulheres e sua segurança.
Mulheres e meninas em risco
Mulheres e meninas estão caminhando até 9 km em busca de água. Muitas disseram que se sentem em risco, pois os trajetos são desertos e distantes. Elas também não podem mais coletar lenha na floresta, pois muitas foram avisadas de que só podem entrar em troca de sexo. Como muitos homens migraram para encontrar pastagens e água para o gado, as mulheres estão sozinhas cuidando dos filhos e dos idosos. E isso as deixa ainda mais vulneráveis.
O trabalho infantil está aumentando à medida em que as crianças são forçadas a procurar trabalho para ajudar suas famílias. Nesses casos, as meninas são as primeiras a serem tiradas da escola. Infelizmente, isso pode afetar toda a sua vida, pois elas podem não ter a oportunidade de voltar a estudar. Em alguns casos, a família arranja casamentos precoces, por exemplo.
As pessoas estão ficando mais fracas – especialmente as crianças
Os níveis de desnutrição estão aumentando – as famílias esgotaram seus mecanismos de enfrentamento à seca e há cada vez menos alimentos disponíveis. A fome é visível e as pessoas estão ficando mais fracas, especialmente as crianças. As mulheres idosas também são particularmente vulneráveis, porque muitas vezes são negligenciadas em situações de emergência e podem ficar isoladas.
Nossa resposta
Cecília recebe alimentos da nossa equipe em Kambi Ya JuuJá alcançamos mais de 98 mil pessoas, fornecendo alimentos e reabilitando fontes de água nas comunidades. Também apoiamos programas de alimentação em 46 escolas para evitar a evasão escolar, principalmente de meninas.
Acreditamos que precisamos responder emergências com itens de ajuda imediata, como alimentos e água, mas também focar em soluções de longo prazo. Por isso, trabalhamos com grupos de mulheres e comitês de desastres liderados pelas próprias comunidades para garantir que os mais vulneráveis recebam assistência e garantir que as pessoas mais afetadas recebam ajuda.
Descobrimos que quando as mulheres estão no centro da resposta, há uma mudança de poder nos processos e nas tomadas de decisões. Também descobrimos que há também maior responsabilidade e transparência.