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Projeto apoiado pela ActionAid empodera mulheres da Maré através da alfabetização
Projeto apoiado pela ActionAid empodera mulheres da Maré através da alfabetização
No Complexo da Maré, conjunto de favelas no Rio de Janeiro, mais de 6% das mulheres acima de 15 anos não sabem ler nem escrever. Esse foi um dos dados revelados pelo Censo Maré, publicado em 2019, e é um dos desafios que o projeto “Escreva Seu Futuro”, realizado pela Redes da Maré e apoiado pela ActionAid, busca superar.
O projeto busca alfabetizar mulheres que nunca estabeleceram uma relação contínua com a escola, garantindo acesso à educação básica e promovendo uma educação emancipadora, crítica e reflexiva, pautada no antirracismo e combatendo preconceitos de gênero.
A maioria das beneficiadas pelo projeto são mães, protagonistas de suas famílias e as mais capazes de promover mudanças significativas e, dessa forma, impactar toda a comunidade. Mulheres como Rozana, nascida e criada na Maré, que retomou os estudos para dar o exemplo aos filhos e acabou se reencontrando.
“No início deste ano, encontrei duas mulheres da Redes da Maré e resolvi perguntar como eu poderia fazer para voltar a estudar, pois além do desejo de voltar, eu precisava incentivar meus filhos a continuarem os estudos, queria ser um espelho para eles. No “Escreva Seu Futuro” eu vi uma oportunidade apropriada para minha realidade e, por isso, eu não podia perder.”
Desde então, Rozana se surpreendeu com seu próprio entusiasmo com os estudos. Já fez, inclusive, cursos de Gastronomia e Confeitaria, que abriram novas portas para fortalecer a renda da família.
“Hoje tenho perspectivas de crescimento que antes não tinha, mudaram muitas coisas na minha vida depois que passei a estudar. Meus filhos me veem indo para escola e já não reclamam mais de irem estudar. Me notam como exemplo. Eu tenho aprendido muito nas aulas com as professoras, com as outras alunas e com a troca de experiências. Atualmente consigo ler e escrever muito melhor do que antes e já ajudo os meus filhos com os deveres de casa. Quero seguir estudando e me formar para ser uma pessoa instruída.”
O novo contato com os estudos expandiu o horizonte de Rozana também para outras questões, como o reconhecimento de seus direitos.
“Aprendi também que nós mulheres precisamos nos valorizar e não aceitar que os homens nos maltratem. Consegui me livrar desse ciclo de violência e hoje vivo para os meus filhos e para mim. Não aceito mais a violência de gênero, nem um grito sequer comigo.”
Mulheres como Rozana são os principais agentes transformadores de suas comunidades e você pode nos ajudar a fornecer as ferramentas necessárias para que elas reconstruam suas vidas.
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