Na cidade também tem agroecologia: conheça a história de Tatiane
Mesmo nos centros urbanos, o apoio dos nossos doadores faz a diferença na produção de alimentos agroecológicos. Em comunidades como Passarinho, no Recife, mulheres e meninas estão aprendendo a plantar em vasos e hortas verticais, cultivando frutas, temperos e ervas medicinais.
Tatiane tem 37 anos, é artesã e mãe de três filhas, das quais as duas mais velhas são apadrinhadas pela ActionAid. Ela conta que a comunidade em que vive é carente em muitos sentidos:
Temos problemas com saneamento, com posto de saúde, com escola e com drogas e violência. Não é diferente de outros lugares. A ActionAid veio aqui para somar, porque tem desenvolvido trabalhos aqui voltados pra crianças e adolescentes, tirando eles da rua, capacitando e levando informação. Coisas que até um tempo atrás não tinham aqui.
Agricultura urbana
Com apoio da ActionAid, nossa organização parceira Casa da Mulher do Nordeste iniciou um programa de agricultura urbana no grupo Espaço Mulher. Tatiane aprendeu sobre agroecologia e já consegue manter sua produção em casa, enquanto suas meninas recebem educação e saúde.
No começo, ninguém se identificava, porque ninguém tinha quintal. Até que a professora contou que a gente ia trabalhar com horta suspensa. Ela ensinou a gente a colocar uma garrafa pet presa na outra e encher de areia para plantar. Aí eu coloquei na frente da minha casa, nos lados e a gente trocava mudas. Hoje, eu e algumas companheiras podemos aplicar na nossa vida.
Foi assim que Tatiane aprendeu a cultivar e utilizar ervas medicinais, como hortelã e chambá, que ela usa de base para produzir “lambedores”, um tipo de xarope caseiro:
Minhas três filhas têm problemas alérgicos e de asma, então eu sempre faço lambedor de chambá. Tem uns cinco anos que elas não têm mais problema de asma e isso me deixa muito feliz. Eu trato cada coisa com uma plantinha, um chazinho. Assim, estou trazendo saúde e bem-estar para minha família.
Agroecologia para crianças
Maitê tem 7 anos e participa do Apadrinhamento. Ela também está aprendendo sobre as propriedades das plantas:
Eu gosto muito de plantar. A gente tem alecrim, barba de serpente… Tem babosa, que serve para o cabelo, e a pessoa também pode pegar ela e usar em um machucado.
A experiência com a horta trouxe mais qualidade de vida para Tatiane e suas filhas. Além de produzir alimentos saudáveis, ela também consegue incrementar sua renda:
A agroecologia está aí. Você tanto pode comer, alimentar sua família, como você pode gerar renda. Se eu pegar um talo de coentro, eu vendo lá na esquina. Então eu já posso fazer um dinheiro para comprar pão para minhas filhas. Isso está mostrando que eu tenho como me sustentar. Se eu plantar um mamão, eu vou colher ele e posso fazer comida para elas, ou posso vender para comprar outro alimento.
Assista ao vídeo e saiba mais sobre o impacto enorme que o apadrinhamento tem na vida dessa família:
A solidariedade dos nossos doadores apoia a alimentação e fortalece a saúde de famílias como as de Tatiane. Apadrinhe uma criança e faça parte dessa mudança!