Mulheres incríveis estão reconstruindo o Haiti
As mulheres são atores-chave na nossa resposta ao furacão Matthew, no Haiti, ocupando cargos desde diretora da organização no país até da engenheira que projeta os Espaços de Acolhimento para Mulheres. Esses espaços recém-construídos abordam as necessidades de proteção que surgem após uma emergência, oferecendo abrigo, apoio psicossocial, treinamento de proteção e uma área para organizar grupos de mulheres.
Durante os anos de experiência com as respostas humanitárias, descobrimos que é crucial reconhecer as necessidades específicas das mulheres, particularmente no que diz respeito à proteção, uma vez que sabemos que a violência contra as mulheres aumenta após uma emergência. Mas estamos dando um passo adiante e garantindo que as mulheres não sejam apenas protegidas, mas capacitadas para serem líderes durante a resposta. Acreditamos que isso tem um impacto de longo prazo no sentido de capacitar as mulheres e de garantir que suas vozes sejam ouvidas dentro de suas comunidades.
Antes, as mulheres não eram vistas como prioridade. Por exemplo, não há mulheres no parlamento, apenas homens. Precisamos usar isso como uma lição. As mulheres devem ser vistas como uma prioridade. E, juntas, podemos fortalecer este modo de pensar.
Gina Jean Felix, 36 anos, frequenta o nosso Espaço de Acolhimento para Mulheres de Roseaux, em Grand Anse, Haiti.
É muito importante que as mulheres desempenhem um papel de protagonistas em emergências. Isso pode prevenir violações graves, como a violência de gênero, a violência sexual e a violência psicológica. A ajuda também chega mais aos locais remotos quando as organizações locais de mulheres estão envolvidas nas respostas. Já houve casos de homens usando ajuda humanitária para explorar as pessoas, por exemplo, exigindo favores sexuais. Os Espaços de Acolhimento para as Mulheres são locais para elas se organizarem enquanto comunidade e receberem atendimento psicossocial.
Nadège Pierre, 33 anos, é líder comunitária e voluntária no nosso Espaço de Acolhimento para Mulheres, em Grand Anse.
Depois de uma catástrofe como o furacão, há mais violência, especialmente sexual e contra as mulheres. Elas também passam a sofrer mais discriminação. Por isso, elas precisam saber como responder. É incomum encontrar mulheres engenheiras aqui no Haiti. Fiz cursos no exterior e me especializei em construção antissísmica. E tenho usado estas técnicas no projeto para os Espaços de Acolhimento para Mulheres que a ActionAid está construindo.
Ismene Garconnet é engenheira e assistente social. Ela trabalha conosco, apoiando mulheres vítimas de violência nos Espaços de Acolhimento e supervisionando a contrução desses espaços.
Essas são apenas três das mulheres que estão conduzindo com muita energia a reconstrução de suas comunidades, no Haiti. Para nós, é uma honra trabalhar com pessoas tão incríveis, que colocam o bem-estar de sua comunidade em primeiro lugar. Continuaremos lutando por um Haiti e por um mundo mais justo e menos desigual.
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