Iniciativa da ActionAid apoia crescimento de agricultoras no Camboja
Khorn é uma agricultora que vive no interior do Camboja com o marido e os dois filhos, e embora hoje a terra cultivada pela família forneça todo o sustento que eles precisam, nem sempre foi assim. Por muitos anos, Khorn conseguia apenas um pequeno valor com a venda de alguns animais que criava em seu espaço.
Sempre foi seu sonho expandir o negócio da família, mas pequenas agricultoras como ela enfrentavam inúmeras dificuldades para conseguir crédito nos bancos locais, sendo rejeitadas ou submetidas a taxas altíssimas. Foi então que a ActionAid, ao lado de outra organização parceira na região, iniciou um programa de apoio a mulheres agricultoras, com ferramentas que permitiam o acesso a crédito com pouquíssimas taxas.
Ela conta que, agora, sua produção praticamente dobrou, permitindo que ela amplie a criação de animais e tenha acesso a outras ferramentas de cultivo.
“Graças ao grupo e o acesso que temos aos financiamentos, pude aumentar minha produção e agora tenho dinheiro suficiente para comprar comida e remédios para os animais quando ficam doentes”.
A maior segurança financeira não beneficiou apenas o cultivo da terra. Agora, Khorn consegue também manter as duas filhas na escola, comprar roupas e alimentos e a família conseguiu, inclusive, comprar uma bicicleta elétrica, que facilita muito as idas à cidade mais próxima.
Outra agricultora apoiada pelo projeto foi Sophea, que viu não apenas seu negócio mudar, mas também sua personalidade e aumentar sua confiança na própria capacidade.
“Antes eu constantemente me colocava pra baixo e me sentia desconfortável quando estava perto de outras pessoas, não tinha coragem de falar, especialmente com autoridades. Depois de receber treinamento sobre como lidar com crises e tragédias climáticas, eu pude até trabalhar em conjunto com autoridades locais para conscientizar outras pessoas da comunidade”.
Projetos como esse, apoiados pela ActionAid, transformam não só a forma como essas mulheres trabalham e garantem o sustento de suas famílias, mas também a forma como se enxergam, se valorizam e o impacto que causam em suas comunidades.