Histórias de Esperança: acesso à água dá autonomia a comunidade na Guatemala
Em meio à pandemia do novo coronavírus, vivemos muitos desafios. Em momentos como este, é importante lembrar o quanto nossas ações de longo prazo são importantes para que as comunidades estejam mais fortes para enfrentar crises. Em junho e julho, vamos contar 9 histórias de esperança que mostram os impactos das doações que recebemos no último ano, antes do surto da Covid-19.
As histórias de Sindy, Charles, Vestine, Shinaha, Nabil, Istahil, Agostinho, Matsishido e Victor mostram as transformações que o Apadrinhamento torna possíveis no mundo todo. Vamos celebrar as mudanças que conquistamos e nos inspirar para continuar fazendo a diferença!
Conheça a história de Sindy
Na Guatemala, conseguimos levar água potável a centenas de pessoas e permitir que crianças e jovens tenham mais tempo de dedicação aos seus estudos.
O que acontece é que, apesar de existir água em abundância na Guatemala – todo ano, chove até mais que no Brasil! –, muitas pessoas não têm acesso a esse que deveria ser um bem comum. Para você ter uma ideia, apenas 2% de toda água disponível é usada em residências e, nas áreas rurais, mais de 35% da população não têm água na própria casa.
Como, se existe tanta água por lá? O problema é a má distribuição. Regiões de agroindústria e zonas mais habitadas, como a Cidade da Guatemala, concentram o uso da água. Na comunidade do Valle de La Esperanza, por exemplo, a fonte natural fica a 3km de distância das casas, obrigando as famílias (especialmente mulheres e crianças) a resolverem, por conta própria, sua demanda por água para limpeza e higiene, cozinha, lavagem de roupas, irrigação das hortas etc.
Mais de 700 pessoas beneficiadas
A boa notícia é que, graças aos recursos direcionados através do Apadrinhamento, pudemos garantir acesso a água potável a 772 pessoas de 160 famílias no Valle de la Esperanza, no ano passado.
Apoiamos nosso parceiro Fundação Pro Peten na construção de uma rede de tubulação que conectou a fonte à comunidade e, agora, a população só precisa caminhar 100 metros para coletar água! Como resultado, mulheres e homens têm mais tempo para participar da vida coletiva e crianças têm mais tempo para estudar.
Sindy Marisol, de 11 anos, é uma das crianças que podem se dedicar mais à escola. Ela tem duas irmãs, de 7 e de 3 anos, e sua mãe é dona de casa.
Nós tínhamos que carregar água ou cuidar dos nossos irmãos e irmãs menores enquanto nossos pais iam trabalhar e nossas mães tinham que lavar roupas. Agora, também temos uma caixa d’água na escola, usada para preparar as refeições e para os alunos beberem. Quando não havia os canos de distribuição, nós estudantes tínhamos que ir até a fonte e, às vezes, as mães vinham trazer água para a escola.
Ao apadrinhar uma criança, sua doação nos ajuda a dar esperança a crianças como Sindy e a famílias inteiras.
Esse projeto foi feito porque as crianças da nossa comunidade participam do apadrinhamento. Enviamos mensagens e desenhos para nossos amigos e amigas que nos ajudam no Brasil. Eles fazem uma contribuição que é usada para resolver necessidades urgentes e beneficiar a nós todos. Agradeço muito por apoiarem a nossa comunidade.
Mude uma vida, mude o mundo
Permanecer firmes em tempos de crise nem sempre é fácil, mas histórias como a de Sindy são lembranças de que somos, sim, capazes de enfrentar as dificuldades. Juntos, seguimos dando às crianças que apoiamos a oportunidade de seguir transformando suas próprias vidas.