ActionAid mobiliza ação humanitária de emergência em Gaza
Com a última escalada da violência em Gaza, a ActionAid está trabalhando junto com parceiros locais em mais uma ação humanitária de emergência para monitorar a situação de perto e fornecer apoio às famílias mais atingidas, com comida, abrigo, itens básicos de higiene e ajuda psicossocial.
Os ataques aéreos israelenses deixaram mais de 50 mil palestinos desalojadas, destruindo seis hospitais e onze centros de saúde, incluindo a única instalação de testes laboratoriais para coronavírus em Gaza. Toda essa destruição coloca em risco milhares de crianças e mulheres palestinas, que já se encontravam em difíceis condições econômicas e sociais causadas pelo prolongado bloqueio na região.
Assessora de Programas da ActionAid na Palestina, Samah Kassab vive no noroeste de Gaza. Ela conta que as pessoas ficaram apavoradas com a destruição de edifícios em seu bairro causada pelas bombas:
A situação é muito difícil e assustadora. Essa é a pior violência que as pessoas já sofreram em anos. Os que correm maior risco são os civis, incluindo mulheres e crianças. Nossos filhos não conseguem dormir porque estão com medo. As incursões atingiram mais de 500 quarteirões habitacionais. Os ataques têm como alvo crianças e mulheres inocentes – como eles podem ameaçar a segurança de qualquer país? Esta destruição irá deslocar milhares de famílias que já lutam sob as péssimas condições econômicas causadas pelo bloqueio de 15 anos.
A ActionAid está trabalhando em comunidades próximas à fronteira com Israel que foram mais diretamente afetadas pela violência. Samah diz:
As necessidades imediatas incluem abrigo e alimentos para famílias que perderam tudo durante os ataques aéreos.
Desde 2007, a ActionAid apoia algumas das famílias mais vulneráveis e marginalizadas em Gaza, respondendo à crise e construindo resiliência, por meio do trabalho junto a organizações locais de mulheres para fornecer “espaços seguros”, onde elas podem ter acesso a apoio jurídico, aconselhamento e capacitações para geração de renda.
As tensões na região aumentaram no início de maio, após protestos sobre os despejos planejados de famílias palestinas em Sheikh Jarrah, Jerusalém Oriental, para abrir caminho para os colonos israelenses. Centenas de palestinos ficaram feridos em confrontos com as forças de segurança israelenses no complexo da mesquita de Al-Aqsa e em protestos na Cisjordânia.
A faixa de Gaza sofreu uma série de bombardeios aéreos implacáveis por aviões de combate israelenses que atacaram prédios altos e outros alvos. Grupos armados palestinos lançaram mais de 1.600 foguetes contra Israel.
Para Ibrahim Ibraigheth, Diretor da ActionAid na Palestina, é urgente garantir a proteção de civis e cessar o conflito:
Mais uma vez, serão as mulheres e as crianças que sofrerão o maior impacto desta recente escalada de violência. As famílias em Gaza já enfrentavam níveis terríveis de pobreza e exclusão, e as hostilidades dessas semanas farão essa situação piorar ainda mais. Os civis devem ser protegidos de mais mortes e destruição.