16 dias de ativismo para conscientizar sobre a violência contra mulheres
De 25 de novembro a 10 de dezembro, a ActionAid realiza atividades em 32 países como parte dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, campanha global que reúne mais de 6 mil organizações em 187 países e busca conscientizar sobre os diferentes tipos de agressão contra as meninas e mulheres em todo o mundo.
A campanha é uma mobilização anual, que engaja governos, sociedade civil, escolas, universidades, empresas, associações esportivas e indivíduos pelo fim à violência contra mulheres e meninas, ampliando os espaços de debate com a sociedade e propondo medidas de prevenção e combate à violência.
A campanha tem início em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Mas por que é importante uma ação como essa? A violência contra a mulher é considerada um problema de saúde pública global. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 1 em cada 3 mulheres em todo o mundo já sofreram algum tipo de violência física ou sexual, seja em casa, em suas comunidades ou mesmo no ambiente de trabalho.
Nesses 16 dias de 2018, o foco da campanha está em um tipo de violência que não costuma receber a atenção merecida: a violência contra a mulher no mundo do trabalho. Relatos de avanços indesejados, ‘piadas’ sexuais, contato físico, assédio ou abuso sexual no ambiente de trabalho são frequentes entre mulheres.
Moureen Phiri tem 23 anos, é do Malawi e é portadora de HIV. Sobrevivente de violência sexual no trabalho, ela se tornou uma líder no movimento que denuncia abuso sexual no trabalho e oferece assistência a mulheres vítimas dessa violência. De acordo com um relatório do governo do Malawi, uma em cada cinco mulheres entre 18 e 24 anos teve pelo menos um incidente de violência sexual antes de completarem 18 anos de idade.
Eu não quero que nenhuma garota passe pelo que aconteceu comigo.
Aos 39 anos, Lucky Begum é uma inspiração para mulheres na região rural onde vive, em Bangladesh. Ela trabalha para empoderar mulheres na luta contra a violação de seus direitos, especialmente no que diz respeito ao mundo do trabalho.
Lucky mobilizou e organizou mas de mil mulheres com o objetivo de formar uma grande plataforma de mercado voltada para elas, promovendo e vendendo produtos produzidos em cooperativas femininas, promovendo mudança nas comunidades onde atua.
Savan trabalha há 18 anos para uma fábrica no Camboja que produz principalmente roupas para uma grande empresa multinacional. Depois de participar de treinamento conduzido por um de nossos parceiros. Savan foi capaz de entender melhor seus direitos e demanda-los. Hoje, ela é presidente de seu sindicato local.
Recebia um salário muito baixo e era forçada a fazer horas extras sem pagamento. Foi uma experiência amarga e dolorosa para mim.