João Henrique
João Henrique tem 7 anos e vive com os avós numa área rural do interior da Bahia, uma região que tem altas taxas de crianças e adolescentes fora das salas de aula. Para superar essa realidade, ele participa das atividades do projeto Escola Família Agrícola, apoiado por nós, que permite o acesso de cerca de 2.500 crianças e jovens a uma educação que combina o currículo tradicional com atividades de técnica agrícola.
João Henrique estuda no segundo ano de uma escola local e gosta muito de brincar, escrever e desenhar.
Quando não estou na escola, também ajudo em nossa roça, plantando as sementes e molhando as plantinhas do nosso quintal.
O projeto, realizado pelo nosso parceiro local SASOP, promove uma série de atividades que valorizam a produção agrícola familiar e a mudança de hábito para o consumo consciente de alimentos orgânicos, respeitando a cultura alimentar local. Os estudantes cumprem um regime de 15 dias na escola e 15 dias em casa, para que possam praticar o que aprenderam e continuar suas funções, essenciais na estrutura da agricultura familiar.
Eu aprendi que a gente deve plantar os alimentos sem usar veneno, por que senão a gente fica doente e morre. Aprendi que eu devo comer os alimentos saudáveis que meu avô planta e passei a comer coisas como cebola, que não comia antes. É importante para as crianças comerem verduras e legumes, para a gente crescer forte, saudável e inteligente.
A Escola Família Agrícola também tem como foco a conscientização das famílias na tentativa de garantir a sua segurança alimentar, um direito humano fundamental. Mais de 3.500 agricultores familiares participam do projeto, que ainda concede crédito especial para a implementação das técnicas estudadas e aprendidas na escola.
Hoje, a maior renda da família de João Henrique vem da aposentadoria dos avós, mas o trabalho na roça com os animais é a principal ocupação do dia a dia familiar.
O projeto é muito importante para a gente e ensina muitas coisas boas”
Não só as crianças são beneficiadas. O trabalho em parceria com o SASOP ajuda também as famílias das crianças a plantarem melhor, com a construção de cisternas de produção e oficinas de agroecologia.
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