Conheça a história de Helena
Sete quilômetros. Essa era a distância entre Helena, 13, e a fonte de água potável mais próxima de sua casa, em um distrito da província da Zambézia, em Moçambique.
Essa mesma água, por vezes, ajudava a abastecer sua escola. Por ser uma das alunas a residir mais perto, nos intervalos das aulas ela atravessava a estrada que separa os dois lugares para buscar água potável para seus colegas.
“Como eu moro perto da escola, durante o intervalo eu atravessava a estrada para buscar água limpa na minha casa, correndo o risco de me acidentar. Eu costumava me atrasar para as aulas e até perder parte das lições”.
Assim como Helena, centenas de famílias vivem sem água potável acessível no Moçambique. Desde 1990, o país vem batalhando para ampliar o acesso à saneamento básico, mas as diferenças entre áreas urbanas e rurais ainda são gritantes. No campo, apenas 11% da população tem acesso à água potável, em comparação à 44% na cidade.
Essa barreira afeta a vida de meninas não apenas na saúde e no acesso à uma alimentação de qualidade, mas também tirando muitas das salas de aula para que possam buscar água em fontes mais distantes, por vezes se colocando em risco no caminho.
A escola de Helena, porém, vive hoje uma nova realidade. Ao lado de outros dois centros de ensino, eles receberam o auxílio da ActionAid e da ACEAM para construir três novos poços artesianos, que atualmente atendem mais de 3500 crianças do distrito e regiões próximas.
“Agora as coisas mudaram e eu sou muito feliz por ter água aqui na escola, onde todas as crianças podem ter acesso a hora que quiserem”.
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