Relatório divulgado nesta quinta-feira pela multinacional francesa Capgemini revela que o mundo nunca foi tão propício para as pessoas mais ricas – desde 2009, surgiram mais de 4,5 milhões de novos milionários, elevando o número de integrantes deste seleto grupo em 2015 para um total de 15,4 milhões de milionários em todo o mundo.

No entanto, enquanto os ricos prosperam, 702 milhões de pessoas vivendo na extrema pobreza estão sendo deixadas para trás devido a um sistema econômico excludente, alerta a Aliança de Combate à Desigualdadem que inclui ActionAid, Oxfam, Greenpeace Internacional e Confederação Sindical Internacional.

Para cada indivíduo com mais de US$ 30 milhões, há mais de 4800 pessoas que vivem em extrema pobreza. Esta grande desigualdade é um sintoma de um sistema econômico injusto e excludente, que permite que os ricos fiquem mais ricos às custas dos pobres.

– afirma Jenny Ricks, representante da Aliança de Combate à Desigualdade, que completa:

Ano passado, a riqueza dos mais ricos totalizou US$ 58,7 trilhões, que é mais de 150 vezes o tamanho das economias de todos os países mais pobres do mundo combinados. Isso mostra a extensão da concentração de dinheiro e poder nas mãos daqueles poucos mais ricos.

Para Jenny, é preciso um comprometimento urgente de governos para agir no combate às alarmantes desigualdades e concentrações, que condenam uma grande parte da população mundial a condições precárias de vida:

A crise de desigualdade global está minando a luta por um mundo mais justo e sustentável, desprezando os direitos das mulheres, trabalhadores e famílias mais pobres. Os governos devem agir agora para reverter os cortes nos gastos públicos, as privatizações e as reduções de impostos para os ricos, e trazer os direitos humanos para o centro de suas decisões.