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Apadrinhamento da ActionAid possibilita educação diversa e de qualidade para jovens no interior da Bahia
Apadrinhamento da ActionAid possibilita educação diversa e de qualidade para jovens no interior da Bahia
Quase todo mundo teve uma matéria preferida na escola, mas Elton não consegue decidir qual é a sua. O motivo é simples: pra ele, a melhor parte de estar na escola não são as disciplinas que ele estuda, e sim o senso de comunidade que constrói. Elton tem 17 anos e há 7 participa do Programa de Apadrinhamento da ActionAid, através do Movimento de Organização Comunitária – MOC, uma organização que atua com crianças, adolescentes e suas famílias no interior da Bahia.
“Se eu tivesse que escolher um presente pra dar pra minha comunidade, seria uma praça, com um parque para que as crianças possam brincar e ter acesso a lazer”, conta ele, que conhece em primeira mão como as mudanças em uma comunidade podem impactar as pessoas que vivem lá.
Mais de 500 crianças e adolescentes da comunidade de Elton têm acesso às atividades proporcionadas pelo Apadrinhamento, onde aprendem e debatem sobre gênero, sexualidade e raça, além de fortalecer vínculos entre si e com suas famílias.
Para Elton, um dos temas mais importantes trabalhados nos encontros é a importância da divisão igualitária de trabalho.
“Eu sempre ajudei com as tarefas de casa e continuo aplicando isso no meu dia a dia, ajudando minha mãe e cuidando do meu irmão mais novo. Sempre falo com amigos e familiares sobre isso, com meu pai e meus primos, porque eles nem sempre contribuem muito em casa, e não é por falta de tempo, mas sim de interesse. Então estou sempre tentando encorajá-los a mudar”.
As dificuldades de Elton, porém, vão além do desafio de mudar a mentalidade dos seus familiares e amigos. Durante a pandemia, a escola fechou e ele ficou vários meses sem estudar, o que atrapalhou seu desempenho no ENEM. Mas ele segue dedicado ao trabalho e principalmente aos estudos, confiante de que em breve poderá mudar sua realidade.
“Quando eu terminar a escola quero estudar muito, conseguir um diploma e um emprego para ajudar minha família. No futuro, daqui a 5 ou 10 anos, eu quero me ver formado e trabalhando”.
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