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Histórias de Esperança: Homens se tornam aliados pelos direitos das mulheres em Moçambique
Histórias de Esperança: Homens se tornam aliados pelos direitos das mulheres em Moçambique
Em meio à pandemia do novo coronavírus, vivemos muitos desafios. Em momentos como este, é importante lembrar o quanto nossas ações de longo prazo são importantes para que as comunidades estejam mais fortes para enfrentar crises. Em junho e julho, vamos contar 9 histórias de esperança que mostram os impactos das doações que recebemos no último ano, antes do surto da Covid-19.
As histórias de Agostinho, Sindy, Charles, Vestine, Shinaha, Nabil, Istahil, Matsishido e Victor mostram as transformações que o Apadrinhamento torna possíveis no mundo todo. Vamos celebrar as mudanças que conquistamos e nos inspirar para continuar fazendo a diferença!
Em Moçambique, avançamos muito na defesa dos direitos de meninas e mulheres com uma abordagem pouco comum, mas de ótimos resultados: colocamos os meninos e homens no centro do nosso trabalho.
Acontece que, em uma cultura como a moçambicana, a visão masculina tem forte influência sobre o funcionamento da sociedade. Percebemos que, apesar de todos os nossos esforços de conscientização pela igualdade entre mulheres e homens, a violência em distritos como Manhiça continuavam aumentando.
Uma das principais razões para isso era o constrangimento imposto a eles por outros homens após a participação em atividades normalmente voltadas para as mulheres.
A boa notícia é que, graças aos recursos direcionados através do Apadrinhamento, criamos círculos de conversa e suporte exclusivamente masculinos para 50 homens e 50 meninos.
Nesses espaços, eles participam de oficinas e identificam os desafios que existem para que sua masculinidade não seja sinônimo de desvalorização das mulheres. Eles também conversam sobre suas experiências e sobre os papéis sociais de homens, mulheres, meninos e meninas.
Mais importante que tudo, hoje eles se sentem confortáveis para influenciar outros homens da sua comunidade, sem se constrangerem ao defender que homens e mulheres devem ter direitos iguais.
Um dos homens que se esforça para quebrar a visão tradicional e conservadora da cultura em que vive é Agostinho, de 60 anos. Ele é casado e tem 3 filhos: 1 menino e 2 meninas. Agostinho diz que, depois de entrar no projeto, aprendeu a dividir as tarefas domésticas com a sua esposa.
“Uma das maiores lições que aprendi é que as mulheres precisam ser valorizadas e respeitadas. Toda manhã, todos em casa precisam assumir alguma função. Eu posso lavar a louça, varrer a casa ou até mesmo fazer o penteado da minha filha. Nossa relação em casa mudou, agora vivemos em harmonia.”
É o apoio dos nossos doadores que viabilizam projetos como esse, nos ajudando a dar esperança a mulheres e meninas que podem sonhar com um mundo livre da violência de gênero.
“Eu sei que a sociedade não aceita essas atitudes porque funciona em um modelo muito masculino. Quando meus vizinhos me criticam, eu os convido a tentar também. Sempre que um deles decide tentar, o resultado é positivo.”
Permanecer firmes em tempos de crise nem sempre é fácil, mas histórias como a de Agostinho são lembranças de que somos, sim, capazes de enfrentar as dificuldades. Juntos, seguimos dando às famílias que apoiamos a oportunidade de seguir transformando suas próprias vidas.
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