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ActionAid se junta a outras organizações na mobilização para que bancos parem de contribuir com a crise climática
ActionAid se junta a outras organizações na mobilização para que bancos parem de contribuir com a crise climática
Um estudo realizado pela ActionAid no ano passado relevou um abismo entre o que é investido nas causas da crise climática e o que é investido nas soluções. O estudo “Como o financiamento flui: os bancos que estão incentivando a crise climática” mostra que, desde a assinatura do Acordo de Paris, as maiores instituições financeiras do mundo investiram US$ 369,2 bilhões em empresas de agronegócio, uma média anual de US$ 53 bilhões ao ano. Já o apoio financeiro a ações de combate à crise climática fornecido pelos países do Norte Global ao Sul Global em 2020 está estimado em valores entre US$ 21 bilhões a US$ 24,5 bilhões de dólares.
Ou seja, o valor direcionado a reverter os efeitos da crise climática no mundo é duas vezes menor do que o valor investido em agricultura industrial, por exemplo, um dos principais responsáveis pelo agravamento dessa crise.
Por isso, a ActionAid se uniu a outras organizações e representantes da sociedade civil para pressionar esses bancos a mudarem suas políticas. A campanha #FixTheFinance promove mobilizações presenciais e outras ações digitais no mundo todo, para que bancos deixem de apoiar empresas responsáveis por grande parte do agravamento da crise climática.
Teresa Anderson, líder global de Justiça Climática na ActionAid, resume a importância da mobilização.
“Não podemos combater a crise climática a não ser que consertemos o fluxo financeiro que está prejudicando o planeta. Se sabemos ter pouco tempo para evitar um colapso climático, é absurdo que tanto dinheiro ainda seja direcionado para o problema e tão pouco para as soluções. Para evitar esse colapso, os bancos precisam começar a dizer não para empresas que estão destruindo o planeta”.
Juntos podemos pressionar governos a usarem fundos públicos para reverter a crise climática, ao invés de piorá-la, e direcionar países do Norte Global a apoiar ações efetivas em prol da justiça climática, além de pressionar bancos que ainda seguem fazendo negócios com empresas nocivas ao meio ambiente a rever suas práticas. Apenas mudando o fluxo do dinheiro será possível atuar incisivamente contra o avanço do mundo em direção ao colapso climático.
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