Para ActionAid, propostas para o clima feitas na Assembleia Geral da ONU ainda não são suficientes
Marcando os 80 anos de criação da Organização das Nações Unidas, a Assembleia Geral da ONU reuniu os países membros esse ano com diversos tópicos urgentes de debate. Um deles, clima e meio ambiente, recebeu sugestões de soluções de vários países, mas que ainda estão longe de representar uma verdadeira solução para o avanço da crise climática.
Para Teresa Anderson, Líder Global de Justiça Climática da ActionAid, “é cruel, tantos governos vem fugindo das grandes corporações, se importando apenas com o lucro a curto prazo e ignorando a sobrevivência do planeta. Você quase consegue ver as grandes empresas de combustíveis fósseis pisoteando o cenário de defesa climática, destruindo tudo em seu caminho como um rolo compressor”.
“Infelizmente, a falta de ação e o financiamento de países ricos responsáveis pela crise climática fazem com que comunidades vulneráveis enfrentem um futuro assustador. O Sul Global segue sendo o mais afetado, mas os cidadãos do Norte Global também se prejudicam."
Em seu discurso, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a necessidade de aproximar a ONU do real combate à crise climática e propôs a criação de um novo Conselho do Clima para monitoramento das ações climáticas globais. Ele também destacou a importância da realização da COP30 em Belém para que o mundo conheça mais os territórios amazônicos e reforçou a necessidade de países ricos se comprometerem com metas ambiciosas para redução de emissão dos gases que causam o efeito estufa. Esse comprometimento é, na opinião de Teresa Anderson, apenas o primeiro passo.
“Países ricos poluidores como os da União Europeia precisam ir muito além de apenas declarações de intenção. Ao mesmo tempo, precisamos reconhecer que esses comprometimentos insuficientes são um sintoma de um problema político muito mais profundo em vários países. É um sinal claro de que precisamos demandar mais de nossos governos, para fortalecer a democracia, enfrentar grandes corporações e restaurar o clima.”
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