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Notícias Agroecologia e Clima

Para ActionAid, investir no trabalho de mulheres agricultoras é vital para combater a fome

Data: 13/07/2020 Por: ActionAid

Novos números da ONU mostram que a Covid-19 pode levar mais 132 milhões de pessoas à insegurança alimentar em todo o planeta. Enquanto isso, a ActionAid faz um alerta global de que agricultores e agricultoras familiares precisam urgentemente de sementes, crédito e apoio à renda para evitar que a pandemia do coronavírus se transforme numa crise global de fome.

A agricultura familiar fornece cerca de 70% da produção alimentar no Brasil. Na África e na Ásia, esse recorte chega a 80%. Até o momento, no entanto, agricultores estão sem resposta dos governos para solucionar a crise da Covid-19. As mulheres agricultoras, em particular, enfrentam três problemas: a renda perdida, o aumento do trabalho doméstico não-remunerado e a crescente violência de gênero.

Helena Lopes, assessora de Agroecologia e Justiça Climática da ActionAid no Brasil, fala sobre a necessidade de uma maior valorização da agricultura familiar:

O governo deve reconhecer o trabalho de agricultores e agricultoras na linha de frente contra a crise, e deve assegurar que obtenham apoio adequado para que possam continuar cultivando alimentos acessíveis e saudáveis para suas comunidades e para as famílias brasileiras.

Em um esforço global, a ActionAid pede que os governos de todo o mundo encontrem formas de garantir renda aos agricultores e agricultoras familiares. O poder público pode, por exemplo, comprar desses produtores locais para providenciar as cestas básicas que serão distribuídas para famílias em situação de vulnerabilidade.

Alertamos também que, com a crise da Covid-19, essas pessoas podem se ver forçadas a vender suas ferramentas de trabalho (terras e ativos). Para evitar isso, governos precisam expandir programas de proteção social, assistência médica rural e outras formas de apoio, como acesso facilitado a créditos e fomentos.

O relatório da ONU sobre Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, publicado em 13 de julho de 2020, mostra que mais de 690 milhões de pessoas passam fome. É possível que a crise do coronavírus ainda agrave a insegurança alimentar de mais 132 milhões de pessoas e esse número total chegue a quase 1 bilhão. Além disso, o estudo aponta que cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a uma alimentação segura e de qualidade. Nesse contexto, valorizar a produção da agricultura familiar torna-se ainda mais importante, afirma Helena:

A fome vem em ascensão ao longo dos últimos cinco anos e as mudanças climáticas colaboram diretamente para esse cenário. A meta global de acabar com a fome até 2030 está vergonhosamente fora dos trilhos.

É urgente que os planos de recuperação da Covid-19 priorizem o investimento em sistemas alimentares locais sustentáveis e resilientes às mudanças climáticas para garantir que nossa população possa viver, produzir e se alimentar com dignidade e enfrentar outros desafios que virão.

A crise da Covid-19 está levando milhões de pessoas à insegurança alimentar no Sul e no Norte globais. Veja exemplos de como a ActionAid está atuando:

  • No Brasil, somente na região do Semiárido, os parceiros da ActionAid já entregaram cestas de alimentos produzidas por agricultores e agricultoras familiares a mais de 8.000 famílias. Essas ações, que acontecem também em outras regiões do país, vêm levando segurança alimentar para famílias que perderam seus meios de subsistência durante a pandemia e gerando, no campo, renda para os/as agricultores. As medidas beneficiam especialmente as mulheres, as mais atingidas pelos impactos sanitários, econômicos e sociais do novo coronavírus.
  • A ActionAid no Brasil, junto com mais de 800 organizações, redes e movimentos, assinou a proposta mobilizada pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e enviada ao Governo Federal que prevê investimentos no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que desde 2003 apoia agricultores e agricultoras familiares e possibilita a entrega de alimentos saudáveis em hospitais, escolas e restaurantes populares. Nos últimos anos, o financiamento a esse Programa, central na garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias brasileiras e na geração de renda no campo, foi reduzido drasticamente. A proposta enviada previa apoio de R$ 1 bilhão de reais à agricultura familiar, que tem sido duramente afetada pelo fechamento de mercados, como feiras e quitandas, e das escolas, devido à pandemia. Até o momento, R$ 500 milhões foram concedidos.
  • Na Índia, entre março e junho, a ActionAid entregou cestas de alimentos a 3,9 milhões de pessoas. A ação fez parte da resposta à crise da Covid-19, e priorizou famílias nas comunidades mais pobres e marginalizadas, incluindo sobreviventes de violência de gênero, profissionais do sexo, minorias étnicas, pessoas com deficiência, migrantes e trabalhadores informais.
  • Na Itália, o programa voltado à insegurança alimentar da ActionAid foi criado há três anos, com o objetivo de apoiar os bancos de alimentos locais. É uma resposta à crescente necessidade de assistência alimentar, particularmente de migrantes recém-chegados, fugidos de conflitos, da fome e das mudanças climáticas do Sul Global. Porém, com a crise do coronavírus, é crescente o número de cidadãos locais empurrados para a insegurança alimentar, que agora contam com o projeto para alimentar suas famílias.

Ainda há muito a ser feito

A demanda por assistência alimentar aumentou 20% desde o início da pandemia – o banco de alimentos agora atende cerca de 1.000 pessoas com alimentos e outros itens essenciais, incluindo fraldas e equipamentos de proteção individual.

Antes da pandemia, a ActionAid já vinha dando respostas a uma crise climática e alimentar na África Austral, causada pela pior seca na região em 35 anos, dois ciclones e inundações. Esse cenário deixou 45 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar.

No Zimbábue, antes da chegada da Covid-19, 7,7 milhões de pessoas passavam por insegurança alimentar e a taxa de emprego estava em 80%. A crise climática encurtou a estação agrícola, deixando os pequenos agricultores pobres. Eram em sua maioria mulheres residentes em áreas rurais, com rendimentos dramaticamente reduzidos.

Espera-se que quase 9 milhões de pessoas passem fome até outubro. O preço do milho subiu 66%: são 5 dólares para 20 kg do alimento.

Para uma resposta global à crise alimentar intensificada com a pandemia, a ActionAid pede aos governos de todo mundo que:

  • Os alimentos voltados para auxílio alimentar e suprimentos de merenda escolar durante a crise da Covid-19 sejam comprados dos produtores locais. É uma forma de ajudar a sustentar os meios de subsistência deles.
  • Haja reabastecimento do Programa Global de Agricultura e Segurança Alimentar (GAFSP), um fundo inovador que apoia a agricultura de países de baixa renda, introduzido no início da crise alimentar de 2008, para evitar outra emergência de fome global.
  • Seja implementada uma renda mínima para agricultores e trabalhadores rurais.
  • Seja dado suporte a programas que conectam pequenos agricultores aos consumidores, por meio de vendas locais diretas, vendas porta a porta, mercados locais que respeitem medidas físicas de distanciamento, lojas independentes e aplicativos de venda.
  • Cancelem-se dívidas e seja dado apoio emergencial aos países em desenvolvimento, para que eles possam expandir a proteção social, a assistência médica e outros serviços essenciais às comunidades rurais e outros grupos atingidos pela Covid-19.
  • Inclusão de investimentos significativos na criação de meios de subsistência para agricultura sustentável e resiliente ao clima. Isso deve fazer parte de um plano de recuperação de longo prazo.

Junte-se a nós e apoie nosso trabalho no combate à fome e à pobreza em todo o mundo.

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