Emergência: ActionAid apoia vítimas do terremoto que atingiu a Síria e a Turquia
A ActionAid está em ação respondendo às consequências do terremoto que atingiu a Síria e a Turquia e que já havia deixado 41 mil mortos e quase cem mil feridos entre 6 e 15 de fevereiro. Desde o primeiro momento, a organização está trabalhando no noroeste da Síria por meio de seu parceiro local, a Violet Organization for Relief and Development, para fornecer apoio médico, garantir acesso à água e abrigo para as pessoas sobreviventes. Há grande preocupação com o aumento de risco de doenças e com a proteção especialmente de mulheres e meninas menstruadas, grávidas ou amamentando e com necessidades específicas, uma vez que já se encontravam anteriormente em situações muito vulneráveis e contando com assistência humanitária.
Diretora da ActionAid na região árabe, Racha Nasreddine comenta sobre a necessidade urgente de ajuda médica para os sobreviventes:
“Nas primeiras 24 horas após o terremoto, nosso parceiro foi a única organização trabalhando ao lado dos Capacetes Brancos para resgatar sobreviventes. Usando unidades móveis de saúde, conseguimos fornecer cuidados intensivos nessas horas cruciais e, como resultado, salvamos muitas vidas”.
Racha conta que vários hospitais foram destruídos pelo terremoto e os que ainda estão em pé lutam para lidar com o número de pessoas que precisam de atendimento médico urgente. Assim, a organização parceira da ActionAid na região segue prestando primeiros socorros às pessoas feridas e apoio emocional às vítimas para aliviar a pressão enfrentada pelos hospitais.
A diretora também destaca a preocupação com o risco do aumento de doenças transmitidas pela água, como a cólera, devido a uma barragem rompida no noroeste da Síria.
“Metade da Síria depende de fontes de água inseguras, e sabemos que o fornecimento de água limpa e segura às áreas afetadas pelo terremoto é um desafio particular. E dado que mais de 1,7 milhão de pessoas deslocadas pelo conflito vivem nessas áreas, o risco de doenças transmitidas pela água que se espalham rapidamente é particularmente alto.”
Mulheres e meninas estão entre as mais afetadas
A ActionAid teme pela segurança de mulheres e meninas que estão nas ruas e também se preocupa com a falta de suprimentos para aquelas que estão menstruadas, grávidas ou amamentando e com necessidades específicas.
“Sabemos que mulheres e meninas são as que mais sofrem durante emergências humanitárias. A violência contra elas aumenta, e correm mais riscos de serem exploradas. O acesso a serviços como hospitais é muito limitado e, portanto, as mulheres grávidas correm o risco de complicações se não puderem receber os cuidados médicos de que precisam. Quem está menstruada também vai precisar administrar a situação sem os produtos certos e com pouquíssima privacidade”.
“Estamos avaliando a situação com urgência com organização parceira no território e trabalhando em nosso plano de resposta. Sabemos que há uma necessidade urgente de espaços seguros para mulheres e meninas, bem como kits com produtos menstruais, por isso garantiremos que sejam atendidas”.
A ActionAid também faz apelo à comunidade internacional para garantir que a resposta humanitária ao terremoto seja adequadamente financiada, incluindo o atendimento a sobreviventes de violência de gênero, e para apoiar o acesso seguro e desimpedido de organizações de ajuda às comunidades mais atingidas.
Notícias que podem te interessar
-
“Eu só desejo que a guerra termine agora", afirmam mulheres em Gaza sobre os 12 meses de um impacto devastador
-
Há quase um ano sem aulas, crianças de Gaza sonham com retorno à escola
-
Reconstruindo do zero: mulheres unem a comunidade um ano depois do terremoto na Síria e na Turquia
-
Atuação da ActionAid em Gaza minimiza impacto do conflito, mas o cessar-fogo segue sendo essencial