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Notícias Agroecologia e Clima

ActionAid reúne mulheres que fazem um alerta ao modelo de implementação de energias renováveis no campo

Data: 23/11/2023 Por: ActionAid

A voz de quatro atores – todos integrantes do grupo de teatro do Polo da Borborema, articulação sindical de trabalhadores do campo na Paraíba – ecoou pelas paredes de uma sala lotada na Fundição Progresso, na manhã do dia 22 de novembro. Com cantos da cultura popular e voz firme no espaço cênico improvisado, eles colocaram em cena a situação grave que os trabalhadores agroecológicos vêm passando diante da instalação dos parques de geração de energia eólica.

O cenário consistia num painel pintado, que retratava a vida no campo e uma farta produção agroecológica. Com a troca de cena, um novo painel mostrava um contexto diferente: uma hélice geradora (uma “plantação de ferro”, nas palavras deles) instalada profundamente sobre o chão. Nas estruturas das casas, profundas rachaduras. Um dos atores era o representante de uma empresa do setor energético que tentava convencer os agricultores a assinar uma papelada pouco clara. Outra atriz era uma agricultora engajada no movimento de mulheres, que alertava sua amiga sobre os perigos daquela interação.

Uma apresentação teatral abriu os caminhos para a segunda atividade promovida pela ActionAid no 12º Congresso Brasileiro de Agroecologia. Foto: Zô Guimarães/ActionAid

A apresentação teatral abriu os caminhos para a segunda atividade promovida pela ActionAid no 12º Congresso Brasileiro de Agroecologia – evento realizado no Rio de Janeiro, de 20 a 23 de novembro. Com o tema “Energia renovável sim, mas não assim!”, um grupo de mulheres agricultoras, pescadoras, ativistas, pesquisadoras e assessoras técnicas fizeram graves alertas sobre as diversas ameaças que o modelo centralizado e exportador de energia renovável vem causando à vida das pessoas.

A agricultora Luiza Guimarães, do sítio Ágatha, localizado na Zona da Mata, no Norte de Pernambuco, dispôs seus materiais pelo chão e lançou provocações e questionamentos para o público, para que entendessem de forma enfática as denúncias postas na apresentação.

Que imagem cada pessoa aqui tem quando falamos de parque? Estamos falando de um lugar onde parque significa morte. As turbinas fazem barulho 24 horas por dia, numa frequência infinitamente maior que a dos ventiladores que estamos escutando nessa sala. Meu coração já não palpita mais da mesma forma. A energia gerada pelo vento é levada pelas linhas que são seguradas por torres de metais. Cinco jovens morreram eletrocutados. Quem se responsabiliza?

Roselma Oliveira, organizadora da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia, descreve a vida ao lado de uma turbina com a sensação de que está diante de um “avião que nunca pousa 24 horas por dia”.

Ficamos constantemente com aquele barulho na cabeça. A luz acende e apaga o dia inteiro. Não vejo benefício nesse futuro que fomos obrigados a aceitar. O custo é nosso sofrimento, nossa vida. Estamos enfrentando depressão, ansiedade, pressão alta.

Alanna Carneiro, fundadora e coordenadora do Eco Maretório, explicou como a instalação das hélices vem transformando o mar num “hidrofúndio”. Foto: Zô Guimarães/ActionAid

Alanna Carneiro, fundadora e coordenadora do Eco Maretório, explicou como a instalação das hélices vem transformando o mar num “hidrofúndio”, impactando severamente a pesca artesanal, e colocando em perigo quem acessa a praia.

É um projeto de morte. Os pontos de pesca estão sendo alterados. A imobiliária marítima vai privatizar o acesso e interferir na nossa vida à beira do mar.

Jessica Siviero, especialista em Justiça Climática da ActionAid no Brasil, ressaltou que é insuficiente pensar na menor emissão de gases de efeito estufa quando se avalia uma determinada forma de gerar energia. Há um racismo ambiental em andamento, já que a vida de comunidades tradicionais está sendo invisibilizada e ameaçada pela implementação destes projetos.

As mudanças climáticas são um problema grave e que precisamos enfrentar com seriedade. Mas as atuais soluções não são justas, nem ambientais e nem feministas. Existem alternativas para reduzirmos seus efeitos nocivos e melhor lidarmos com a nova condição climática do planeta. A agroecologia é esse caminho. Podemos reverter o cenário de desmatamento e a desertificação com a agroecologia, recuperando áreas degradadas, por exemplo.

Saiba mais: ActionAid discute os novos desafios para a defesa da agroecologia no 12º CBA

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