ActionAid lança guia com orientações para jovens atuarem em ações humanitárias
A mobilização de jovens de vários pontos do Brasil, engajados em ações humanitárias, se transformou em material didático. O Guia para Jovens Ativistas em Ações Humanitárias traz dicas e referências para quem está engajado em respostas de emergência e lutas por justiça social em suas comunidades. Lançado no Dia Mundial da Justiça Social (20 de fevereiro), o material é desdobramento do “SYLHA – Fortalecendo a Liderança Jovem em Ação Humanitária”, iniciativa global da ActionAid que promoveu uma série de encontros virtuais com jovens ativistas em todo o mundo.
O lançamento do guia acontece em parceria com o Canal Reload, iniciativa que reúne jovens jornalistas de 10 veículos com o objetivo de democratizar a informação para o público jovem, produzindo conteúdo com uma linguagem descomplicada, publicado nas redes sociais e com formatos inovadores.
Para baixar o guia, basta acessar a página da ação, no site da ActionAid, e preencher o formulário. Logo nas primeiras linhas, estão reunidos dados sobre a situação urgente da juventude no Brasil e no mundo no que diz respeito a violência, discriminação, emprego, renda, educação, e muitos outros temas. O conteúdo destrincha os principais desafios identificados pelos jovens mobilizados pela ActionAid, e traz referências de projetos sociais bem-sucedidos feitos em nome da juventude.
Acesse o Guia.
Diálogo aberto com as juventudes
O guia começou a ser criado com duas ações desenvolvidas pelo SYLHA no Brasil. A partida foi dada com o webinar “Juventude em ação na América Latina: uma conversa com jovens líderes de ações humanitárias”, um intercâmbio de lideranças jovens brasileiras e guatemaltecas. Na segunda etapa, a oficina “Fortalecendo a Liderança Jovem na Ação Humanitária”, mobilizou 25 participantes de 17 a 32 anos, de 12 estados do país. Estavam representando 33 coletivos, associações, movimentos e iniciativas comunitárias, e puderam discutir temas como identidades, territórios e pertencimentos, participação cidadã, ações humanitárias e protagonismo juvenil.
Maria Lanilda Ribeiro, jovem quebradeira de Coco da comunidade Fortaleza III, no Piauí, é uma das participantes que assina o guia.
O meu poder está em mim mesma. Na minha força, na minha coragem, e principalmente na minha voz, em poder representar o meu povo, nossa cultura, a nossa ancestralidade e, principalmente, lutar por aquilo em que eu acredito.
Para Dandara Oliveira, especialista em Projetos e Juventude na Actionaid, a mobilização gerada pelo SYLHA e a consequente produção do guia são importantes passos da ActionAid no Brasil no sentido de aprofundar e ampliar o diálogo com as juventudes.
Esse guia representa um esforço coletivo, da ActionAid e de representantes da juventude brasileira e da América Latina, para construção e desenvolvimento de um espaço humanitário cada vez mais liderado por jovens. Todos os momentos que construíram esse guia foram de muito aprendizado mútuo e gostaríamos que isso ficasse nítido nestas páginas. Com ele estamos convidando toda juventude a se aproximar das ações humanitárias e a ocupar seu lugar de protagonismo.
Dicas para projetos sociais
Quem ler o guia vai encontrar valiosas dicas de ordem bastante prática sobre, por exemplo, elaboração de projetos sociais. Os jovens devem:
- ler e reler atentamente o edital para o qual estão inscrevendo o projeto;
- escrever título e resumo objetivos e atraentes;
- delimitar objetivos possíveis de serem realizados;
- cuidar do financiamento e do monitoramento das ações previstas;
- revisar o texto ao terminá-lo.
Para uma comunicação eficaz, a câmera do celular se torna uma grande aliada. Para fazer vídeos de qualidade, é preciso:
- dar o recado de forma objetiva;
- começar com as mensagens mais importantes, e só depois entrar em detalhes;
- buscar reações do público, como riso, comoção ou surpresa.
Quer saber mais? Acesse o Guia para Jovens Ativistas em Ações Humanitárias.
Notícias que podem te interessar
-
“Eu só desejo que a guerra termine agora", afirmam mulheres em Gaza sobre os 12 meses de um impacto devastador
-
Há quase um ano sem aulas, crianças de Gaza sonham com retorno à escola
-
Reconstruindo do zero: mulheres unem a comunidade um ano depois do terremoto na Síria e na Turquia
-
Atuação da ActionAid em Gaza minimiza impacto do conflito, mas o cessar-fogo segue sendo essencial