Banco de sementes é o banco da vida
Semente para mim é vida, porque ela é uma vida que gera várias outras vidas e alimenta muita gente.
Ana Maria, 49, é casada e tem dois filhos. Ela vive em uma comunidade no interior de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde sofre com a escassez de água por conta do longo período de seca. Depois que conheceu nosso parceiro local Centro Feminista 8 de Março, Ana conseguiu expandir sua produção e se tornou a guardiã das sementes da sua comunidade.
Há 6 anos, Ana participou de um encontro do Programa de Sementes da Paixão na Paraíba, junto com outras 120 agricultoras. Lá ela aprendeu técnicas de armazenamento e a importância de se guardar as sementes nativas para preservar sua diversidade. Depois disso, recebeu insumos do nosso parceiro, começando a plantar no quintal de casa milho roxo, hortaliças, feijão, mas o acesso à água ainda era um desafio.
Em 2014, Ana participou do curso do CF8 de cisterneira, onde aprendeu a construir cisternas de placas para armazenar água para a produção. De lá para cá, a cada encontro que participa, ela carrega sementes para trocar. Leva e traz sementes, multiplicando a riqueza do seu banco de vida.
Com o nosso apoio, Ana se tornou uma liderança em sua comunidade; diversificando sua produção; ampliando o seu banco de sementes e trabalhando para preservar o meio ambiente:
Antes eu tinha 5 tipos de sementes crioulas. Com os intercâmbios, aumentei as crioulas e também sementes nativas. Hoje eu tenho mais de cem tipos. Com o CF8 passei a plantar as hortaliças e, agora, as plantas nativas, as medicinais, ornamentais e exóticas. Eu troco as sementes e quando eu chego mando pesquisar na internet. Hoje nós temos uma nova vida. Sabemos de onde vem o que a gente come. Além de economizar, a gente tá gerando vida, né?
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